Enxergando além

Será que já estive preso?
Agora já não me arrependo
Qual dos dois mundos é sonho?
Às vezes eu não entendo.

Quem são seus heróis ?
Não viva esse tormento
Aquele que a alma destrói
Não sabe o fundamento

A serpente já não parece
ser tão venenosa e mortal
Mas todo dia chupa seu sangue
E com ele sua áurea se aproxima o mal.

Um dia tentarás chorar
E verás que o poço de lágrimas secou
Se você mesmo expulsou
todo tipo de sentimento
O que mais lhe restou?

Sou Louco! Não como você imagina
Mas como eu acredito!

Pensando em você

Se eu pudesse ficava com você o dia todo
E não me importaria se alguns
ou até mesmo muitos me chamassem de tolo.
Seu eu pudesse ficava com você o dia inteiro
E com certeza assim não teria mais pesadelos.
Se eu pudesse ficava com você a toda hora
E por consequência todo sentimento ruim seria jogado fora.
Se eu pudesse teria você a todo minuto
Pois da árvore mais bela você é a flor e o fruto.

És bela no olhar,
Diferente no pensar,
Interessante ao falar,
Irresistível ao beijar,
Impossível não te amar.

Mas você está tão perto e ao mesmo tempo tão longe
Que já não sei em que casa a felicidade se esconde,
Mas sei que ela é você.
Muitas vezes você esteve longe mas parecia perto
E com você por perto
Tudo parece certo
Nada fica incerto
Meu coração fica aberto
E então eu me sinto completo.

Mas não tenho nada pra lhe oferecer
A não ser um sentimento
Que ninguém pode roubar ou vender
É o amor que me faz crescer
Cada vez mais te entender
Procurar te surpreender
Não duvide ele existe em mim por você.

Ás vezes parece impossível
alcançar tão lindo brilho
Mesmo sabendo que está aí
Só esperando que a chamem
Felicidade, alma gêmea,
ou simplesmente Jane.

Na face da Terra

I
Quanto vale uma vida?
Se luta em pró de um sonho
Que quando realizado a descoberta: É falso!
Vivemos robotizados, alienados,
Controlados por uma “sociedade”.
II
Como porcos comendo em suas vasilhas
Vivemos sem saber a razão.
(se existe ou não)
III
Vivemos e só fazemos o que não será mal falado
Porque devemos; desde que nascemos
Algo, que ninguém sabe o que? Nem por quê?
IV
Qual é o sentido? Você sabe ou não?
Eis mais um morto sem razão.
Amizades falsas não sabemos onde.
Pode ser nelas que o inimigo se esconde.
V
Que me chamem de louco
estes que não enxergam a verdade
Porque a verdade foi feita para poucos e “loucos”
“Muitos serão chamados e poucos serão escolhidos”
Já foi dito, e eles? Nem ouvidos!
VI
Um dia olharas no espelho,
E verás quantas correntes!
Mas eu, eu não pertenço a ninguém!

Music of Manifest

Estou preso
Pois já não existem nervos
Atrofiados
Com os punhos acorrentados.

Essa é a luta
Que chamam de labuta
Que a vida impõe
Dentro dos corações.

Dizer não aguento
Viver nesse tormento
Com muitos medos
Em forma de segredos.

Com essa tal nobreza
Que tem sempre avareza
Ganância e usura
Se escondem as torturas.

O que me faz sofrer
Todo esse poder
Que não tem lugar
Mas só cabe a ele julgar.

A juventude
Que parece ter saúde
Mas não são diferentes
Pois estão todos doentes.

Com alienação
Da televisão
Que impõe o que quer
Faz homem virar mulher.

Rádio e TV
Ninguém escuta ou ver
Condenação
Roubaram sua razão.

Face Obscura

Parto-me em busca de algo
Do inesperado, que não sei onde fica
Mas sinto que existe.

Te encontro no meio de tudo
Por esboçar seu brilho
tão secreto e nítido a me chamar.

Observei que rachar-te ao meio
Será que fostes destruído ?
Ou será que tua alma
Que mais parece um rio de tão vivo
E teus sentimentos, não suportaram
Mais teu corpo pequeno?

No final acabarás se transformando em um novo ser
Pois cairá tua face maléfica e podre
E nada mais será do que Perfeição.

Na Literatura

Vejam que sorte
A obra por um todo
Vida e morte
Estamos no Barroco

Retornei aos clássicos
E com muito bucolismo
Podem até se tornarem plácidos
Mas cheguei ao Arcadismo.

Tenho liberdade de criação
Amor e pátria e pessimismo
Uso às vezes a evasão
Pois estou no Romantismo.

Tenha objetividade
A ciência explica
Com a lei da casualidade
Que só pode ser Realista

Universalismo é bom se ter
Sociedade deixe-a afundar
Regras e sonetos acabar
Se o Parnasianismo perder

O que importa é o espiritual
Concepção mística da vida
Fantasia é normal
Se você é Simbolista

Sátira e humor sem censura
Pode inté falar errado
Das realidades sem doçura
Ser Moderno fazendo travessuras.

Exilação!!

Dimensões diferentes!
Não estamos na ficção
Mas estou em um mundo tão diferente
Distante de qualquer outro já vivido,
Imaginado por qualquer um.
Essa não é a primeira nem a última vez,
Só que nunca será igual.
Sempre será um outro mundo.
Chego a não saber se estou vivendo
Não sei se vivo, se desisto,
Se existo ou se estou exilado.
Será que viver é respirar?
Ou será pensar, agir, se iludir?
Se ao menos na tristeza estivesse
Isso faria parte da vida.
Mas se vivendo não estou...
Me acordem, me acordem, por favor!

A parte que falta

Nasceu a criança!
Mas seus olhos nunca verão a luz do sol
Nem tantas outras coisas belas

Vejam aquele homem!
Ele tem que sustentar sua família.
Mas como? Se ninguém nunca lhe da trabalho?

Olhe aquele menino!
É muito sadio mas,
Tiraram-lhe o direito de brincar.

Lembra-se daquela mulher?
Vivia feliz com a sua família!
Daí veio da desgraça
E ela teve q amputar sua perna.

Pense naquele pobre garoto
Que sempre quis ser médico
E que nunca teve condições
nem para comprar um caderno

Assim é o músico, poeta, escritor
Que não podem por algum motivo
Divulgar seu trabalho.

Eles nunca deixaram de ser quem são
Mas é como se o mundo tivesse arrancado
uma parte do se corpo!

Pensamentos Momentâneos

Queria, mas me arrancaram
Sonhavam, mas me acordaram
Existia, mas acabaram-me
Eu tinha, mas tiraram-me
E continuam tirando pouco a pouco.
O que mais vocês querem!!?
Fodam-se seus comedores de carniça!
São pensamentos momentâneos
Fora da condição sóbrea,
Mas existentes enquanto houver injustiça.